Contratação de 15 profissionais garantirá o funcionamento de aparelho comprado, há mais de seis anos, por hospital público e que nunca foi utilizado

Aparelho de ressonância magnética comprado, há mais de seis anos, pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e que nunca foi utilizado passará a funcionar no próximo mês. O equipamento foi adquirido em 2012 a um custo de R$ 1,6 milhão. O funcionamento do aparelho será possível porque a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Husm, garantiu a liberação de 15 funcionários para fazer a operação do equipamento.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares garantiu a liberação de três médicos radiologistas, dois enfermeiros, quatro técnicos em radiologia, quatro técnicos em enfermagem e dois assistentes administrativos. Com isso, as atividades começarão no próximo mês, conforme a diretora do Husm, a médica Elaine Resener:

— Nós temos do concurso de 2014, a possibilidade de contratação de enfermeiros, técnicos em enfermagem e de assistentes administrativos. E, agora, o que a Ebserh nos assegurou é a possibilidade de chamamento dos demais profissionais, médicos radiologistas e de técnicos em radiologia, para o próximo mês. Até porque essa última demanda não foi contemplada no nosso último concurso e a Ebserh nos sinalizou que chamará aprovados de concursos dos demais hospitais da rede.

Mesmo assim, conforme a diretora do Husm, há a possibilidade de a Ebserh realizar um processo seletivo simplificado para preencher o quadro:

— A Ebserh pode, se assim entender, realizar o chamamento dos profissionais ainda que em caráter temporário. E ainda se estuda a possibilidade de adoção de um processo seletivo simplificado que pode ser feito. Essa é, sim, uma excepcionalidade e, em casos como esse, pode ser adotada, obviamente, com todo amparo jurídico necessário.

Gasto e economia 

Enquanto não é usado, o Universitário precisa comprar a cota desse tipo de exame de um hospital da rede particular do município a um custo de mais de R$ 100 mil mensais. O equipamento garantirá uma economia de, pelo menos, R$ 1,2 milhão por ano aos cofres do Husm.

Com a contratação desses profissionais, se dá desfecho a uma novela que se arrasta desde a compra do equipamento, que pesa sete toneladas, e chegou a ficar em um depósito por falta de quem o transportasse. Depois, foi preciso fazer uma obra para a construção de uma sala especial no hospital que comportasse o aparelho. E, por fim, a empresa que vendeu o equipamento teve de encomendar peças do exterior que faltavam para a máquina entrar em operação.

Fonte: Gaúcha ZH

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